domingo, 9 de abril de 2017

Universal Diner

O ambiente tem cortinas longas e pesadas de veludo que descem do teto ao chão. A cozinha em estilo americano fica aos olhos do cliente. A decoração vai de bichos de zebras a onças de pelúcia enormes que podem está numa prateleira ou dependurados no teto. Mas, há toda uma miscelânea que vai de antiguidades jamais vistas ao moderno piso em lajotas gigantes em preto e branco que mais parecem um tabuleiro de xadrez. As cores púrpura e o roxo predominam. A iluminação parece ter sido projetada nos mínimos detalhes. Um terraço na parte de trás trás uma atmosfera cosmopolita, haja vista a decoração que leva em conta pequenas luzes que enfeitam as pequenas árvores nos vasos.  Seria tudo parecido à tantos restaurantes da cidade? Não, de jeito nenhum. Universal Diner, na SCS 209 em Brasília tem uma atmosfera contagiante que a ninguém passa alheia. 

A clientela é diversificada e, talvez, seja a melhor parte. Ninguém se intimida com a pompa do lugar que imita os cabarés chiques de Paris ou Nova Yorque. E tem um DJ digno de todos os elogios. A música é espetacular e não espero apenas a música eletrônica. Você vai ouvir Kaoma, Amelinha, The Fivers, Roberto Carlos, Xuxa, Edith Piaf... É udo de bom. 

A gastronomia é refinada e leva a assinatura da renomada Chef brasiliense Mara Alkamin. Os pratos são dignos de qualquer bistrô chique de Paris. Verdadeiras pinturas que são postas no balcão á espera do garçon que os conduzirá aos afortunados clientes. E o serviço é muito bom. Todos trabalham felizes. Aliás, o Gerente, um maranhense com cara e jeito de buda ditoso, não se enquadra dentro do chatíssimo "politicamente correto". É performático, alegre e atencioso. É um verdadeiro artista que, de repente, dá um grito e se joga no pequeno espaço entre os clientes dançam frenéticos.

Eu já conhecia o lugar, mas era bem menor. Naquele tempo, há mais de dez anos, eu já o achava incrível. Mas, o que era bom ficou melhor. E olha que eu estava sozinho. E sou meio tímido, por incrível que pareça. Mas, ficar ali a olhar a cena, simplesmente é impossível. Não tem como não se envolver e cantar junto com todo mundo e não rebolar o esqueleto mesmo que junto ao balcão do bar.

Ouvem-se gritos de moças já embriagas e, não tem jeito, aqui ou ali um copo se estraçalha no chão. Muitos risos. Muita pegação. Muita paquera e, ali naquela mesa, desavergonhadamente, o rapaz com a mão saliente na perna daquela moça de mini saia quase a tocar-lhe a genitália. Rapazes se beijam ou andam de mãos dadas. E não pense que o ambiente é gay. Eu diria que é um ambiente mix. Eu diria que é tanta coisa pra se ver e fazer no espaço que em apenas uma visita fica impossível aproveitar toda a extensão do local.

Voltarei muitas vezes!

Wanderley Lucena

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