terça-feira, 11 de novembro de 2014

AMAR E SER AMADO

 

Li, certa vez, um post idiota numa página de facebook de um idiota: "Apaixone-se por alguém que te cuide, que te guie, que te dê apoio..." etc... Eu, porém, me apaixono por me apaixonar, apenas. Me apaixono e vivo. Não espero nada do outro que não o respeito e a lealdade. E, claro, a lealdade passa pela parceria. Isso implica algumas respostas ante as dificuldades enfrentadas por ambos os parceiros. Mas, não exigência "sine qua non" que o parceiro me responda exatamente como eu o deseje. Quero, muito mais, a minha independência que me leve a está ao lado e não nos ombros de ninguém. Não quero ser peso, nem meio peso.  Não quero levar pesos que, bem poderiam, andar sozinhos ou ao meu lado, de mãos dados, rumo ao objetivo de uma vida melhor. Mas, ouvi desse mesmo idiota, d'outra feita: "eu me apaixono por quem se apaixona por mim". E então, calei-me. Não havia mais o que se discutir. Afirmo que, tal idiota, jamais se apaixonou, muito menos, amou! Quiças, jamais amará. E... mais importante que ser amado é... AMAR!

Wanderley Lucena

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

EQUÍVOCOS

Eu gritei enquanto tu gritavas.
Bocas cerradas depois de tudo dito
Dito tudo o que bem podia não precisava
Palavras doces e fraternas ficaram mudas
Amargas lançadas como navalhas
Cortaram e machucaram
Cicatrizes que, certo, não se apagarão
Negamos o óbvio amor
Por medo de expor-se à fragilidade
Ou se por mera vaidade de quem, egoísta, quer ouvir
Vaidade de quem não quer falar
Eu esperava apenas a palavra bendita de quem pede que se fique
Ocorre que tu esperaste o mesmo
Eu me fui e tu te foste
Levamos o enorme fardo da dor e da mágoa que, de tão grande, parece não nos caber
Eu, de cima, com orgulho, digo-te o que não queria ouvir-te: jamais te dirigirei palavra novamente
E se soubera que o tanto que vivemos terminaria no vale do ressentimento
Melhor me seria, nada termos começado, sequer, conhecido
Mas, agora, sozinho, digo-me: valeu muito!
Comigo levo-te eternamente. Sentirei saudades!
E me dói que não mais aqui me estejas
Falso desprezo que nada mais é que artimanha para que me continues vivo e latente em mim.
O coração sombrio vai cheio de amor que, mesmo machucado, sabe
Outros me virão
Te virão
Diferentes
Não nos substituirão
Fomos únicos
Sempre seremos
E entendemos que o aquilo se nos havia dentro em nós
De tão grande dava medo de entrega
Diamante precioso que, sem o devido reconhecimento, bem poderia ser confundido
Viraria mera bijuteria a ser jogada na prateleira mal cuidada
Levo-te como me eras e não o sabias
Preciosidade deveras
De tamanho que reconhecer não puderas.


Wanderley Lucena



sábado, 1 de novembro de 2014

AGREGAR É MELHOR


Mas, é bem chato mesmo conviver com quem discordamos. A postura da simples eliminação é precária e cômoda. Já eliminei algumas pessoas de minha vida. Nunca me arrependi de tal atitude. Quando elimino alguém é porque amadureci a ideia e percebi, com as atitudes do outro, que não vale à pena tê-lo em meu convívio. E quando o faço, geralmente, é para sempre. Entretanto, gosto de quem argumenta com inteligência e me mostra que posso está enganado a respeito do que se discute. E gosto muito de uma boa discussão com indivíduos adultos, respeitadores e, principalmente, TOLERANTES. Foi a intolerância que criou alguns mequetrefes ao longo da história da humanidade, inclusive, o maior deles, Hitler. Mas temos vários mais contemporâneos como os ditadores da Coreia do Norte, o apartheid na África do Sul, etc... etc...  O importante é que, mesmo que eu discorde totalmente do outro, ele tenha a total liberdade para expressar-se. Eu pegaria em armas para que você pudesse expressar o que pensa. Reflita sobre isso e elimine o menos possível. Agregue o máximo possível. Ouça mais. Fale menos. A lição vale para todos, inclusive, para mim. Eso ya lo sé!

Wanderley Lucena