Sentada à minha frente, cara a cara, a doce mulher, conterrânea da minha cidade natal,
Barra do Corda, informa-me estar cansada de amar.
- É que quando amo, perco as estribeiras. Cansei! Jamais amarei novamente!
Afirmou, taxativa e categoricamente.
No livro “IMPROPÉRIOS”, ela não poupa ninguém e chega até assustar. É um impacto dos grandes e dos bons ler seu livro. A doce mulher vira guerrilheira, com um fuzil entre os dedos.
homens
“melhor não tê-los
mas se não os temos”
como fodê-los?”
É assim mesmo, com essa coragem toda e sem papas na língua, com dedo em riste contra a hipocrisia e o machismo, que ela enche as páginas com sua poesia.
Ela é a favor do aborto e se declara, em cama, a outras mulheres, sem sequer ser fancha. Grita contra estupros; contra os assassinatos de mulheres, de membros da comunidade lgbtquia+, de negros e índios e de muitos mais.
Com acidez irônica fala de uma certa ministra dos direitos humanos, aquela que tem visões com homem na goiabeira e que
quer garantir
igualmente
que o estuprador
possa dar carinho
ao filhinho
Faço minhas as palavras da feminazi.
- Credo! Que horror! Imoral! - Dirão os que creem naquele livro sagrado que dizem seguir, sem que jamais o tenham lido. Se o leram, todavia, como explicar a santidade oriunda da boca do Deus, exposta em Ezequiel 23:20 ?
Como toda figura inteligente e literata, é excêntrica, e tanto, como não poderia deixar de ser. Ter à mesa a sua companhia é privilégio para poucos e, não fora a mediação diplomática de Guilherme Martins, jamais a teria conhecido.
Não preciso mesmo o seu nome citar, porque sequer lhe pedi permissão para fazê- lo. Cito seu livro e espero que não a tenha desagradado.
Quem ainda não teve contato com sua escrita não sabe o que está a perder. Impropérios é para ser lido como quem toma uma talagada de cachaça, de boa cachaça, mas que sente a queimação do álcool goela abaixo.
Vivas à feminazi!
Grite feminazi! Grite! Eu gritarei junto contigo!
E viva o Wanderley Lucena AluCenado, grita a Faminazi!
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