sexta-feira, 23 de abril de 2021

Contato Imediato de Terceiro Grau

 
E se, numa noite escura e silenciosa, na tranquilidade das cobertas, quase a dormir, o amigo leitor abrisse os olhos devagar e percebesse que ali, ao lado da cama, uma figura jamais vista, com cara e corpo humanoides, porém com aspecto de um extraterrestre, estivesse a observá-lo?
 
Não, eu nunca vivi uma experiência dessas. Ocorre que, por vezes, assim como todo leitor dado a fantasiar, fico a imaginar que em qualquer noite dessas daremos de cara com esses seres, dos quais recusamos acreditar na existência. 
 
Eu, precavido que sou, imagino que um contacto imediato do terceiro grau seja amigável e me apresto para não demonstrar surpresa, ou medo. Talvez eu me levante e até chame o ET* para a cozinha, prepare-lhe um café enquanto algumas perguntas eu lhe faça. 
 
Sempre considerei que nesse universo infinito, com bilhões de galáxias e de estrelas, seria mesmo muita presunção humana achar que somente aqui, neste planeta azul e lindo - Terra, poderia existir o sopro da vida. Em vida humana noutros planetas, com indivíduos iguaizinhos aos nossos daqui, não creio, mas, em vida diferente, e talvez inteligente, por que não? 
 
Ainda esta semana vi uma matéria sobre “OVNIs”**, em que o Pentágono, órgão máximo das Forças Armadas norte-americanas, por meio do seu porta-voz, informara serem autênticas algumas imagens, fotos e vídeos incríveis, vazados de suas investigações. Divulgadas pelo cineasta Jeremy Corbell, as imagens que foram capturadas por um “Destróier”*** da Marinha Americana mostram objetos voadores não identificados, com formas piramidais, os quais voavam muito perto da frota americana.
 
Existe uma determinada tribo que acredita que num belo dia, de surpresa, os céus se abrirão e todo o olho verá um homem Rei com uma coroa na cabeça e um exército alado a lhe fazer escolta; o qual levará daqui, por arrebatamento, desse planeta lindo, um "cadinho" de gente, para um paraíso de paz e de riquezas, enquanto todo o “resto” da população mundial arderá em chamas. 
 
Eu, com minha imaginação fértil, penso, cá com meus botões, que... bem... o tal evento até poderia vir a acontecer, mas não da forma “Disneylândica” que prevê o livro sagrado da tal tribo. Imaginemos, todavia, que num momento crucial - mais à frente - quando o planeta estivesse prestes a ser implodido, provavelmente por nossas armas atômicas - ou algo que o valha -, vindas de uma galáxia longínqua, naves espaciais alienígenas sobrevoariam o planeta Terra a recolher alguns escolhidos. 
 
Agora, imaginem se o critério de escolha, desses entes escolhidos, humanos superiores ou privilegiados, não for exatamente o religioso, tampouco coincidir com a religião da tribo, que aceitara e professava aquele ou aqueloutro “salvador”. Apenas pense nesta hipótese, que, para mim, é tão improvável quanto a descrita naquele mesmo livro. 
 
Certo é que, se, numa noite dessas, eu arregalar os olhos e avistar à minha frente um ET, perguntar-lhe-ei se a visita é amigável - dizem os “entendidos” que a probabilidade de contato amigável é quase nula - e se, caso a benevolente civilidade se confirmasse, talvez, em seguida, eu prestasse espontânea atenção nas instruções para a viagem: 
 
- A nossa nave está logo aqui acima e você não precisa nem fazer as malas, nem de documentos. Seremos teletransportados para a nave que nos levará para outro planeta a anos-luz daqui. Esta primeira viagem cósmica levará apenas alguns minutos. Naquele outro planeta, todos os demais escolhidos se encontrarão e farão uma transfusão coletiva, na qual todo o seu sangue terrestre será trocado por outro, que lhe imprimirá um novo DNA. Este processo lhes trará essência e consciência novas. Toda a natureza negativa, que em vocês habita, será neutralizada. Depois desse processo, todos embarcarão rumo ao destino final, muitos anos-luz à frente. Neste outro estágio, de perfeita harmonia e equilíbrio, os entes do seu universo serão todos eternos e estarão em completa comunhão com o macrocosmo superior.
 
Eu aceitaria tudo com tranquilidade. Antes da partida, entretanto, tal qual a esposa de Ló, perguntaria ao ET: 
 
- Posso, ao menos, tomar um último cafezinho, nesta subexistência carnal e humana?
Então, quando desse por mim, já estaria eu na “enfermaria”, com um tubo de líquido fosforescente a me entrar pelas veias. 
 
Wan Lucena

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja honesto e autentico no seu comentário. Agradeço muito sua colaboração.