sábado, 12 de maio de 2018

Há que Viver

Para mim é pouco difícil afirmar com total segurança sobre a qualidade de vida das cidades portuguesas que não conheço. De igual modo me fica difícil afirmar sobre a qualidade de vida de qualquer cidade em que estive por alguns dias ou horas a fazer turismo, atividade que em muito fica distante de se viver por algum tempo na localidade e, só assim, perceber todas as nuances do local. Mas, posso lhe informar que Portugal inteiro é maravilhoso e não sei lhe dizer qual cidade não lhe indicaria. Eu estive recentemente em Caldas da Rainha, cerca de 1 hora e meia de carro de Lisboa, e fiquei muito impressionado com o baixo custo de vida da cidade. É linda e fiquei tentado a experimentar viver ali. Tem comboios, ou seja, trens, que chegam e saem a todo instante rumo a todos os lugares do país e a estação fica bem no centro da cidade, assim como, a rodoviária. Em termos rodoviários os interurbanos são ótima opção. São seguros, limpos e confortáveis. Entretanto, preciso de mais pulsação. Lisboa e Porto me são mais cosmopolitas, modernas e oferecem muito mais, inclusive, aeroporto internacional para uma viagem de emergência. Essas duas cidades estão na moda e ficaram muito caras, é verdade. Mas, eu já me instalei aqui em Lisboa e já a sinto como minha. Não quero deixar de experimentar temporadas em outros lugares, cidades e até países. Mas, nesse momento, estou aqui e pretendo ficar por mais algum tempo.

Não conheço Aveiro, a Veneza portuguesa, mas dizem ser ótima. Aqui pertinho, às margens do oceano e ao sul de Lisboa, já nos limites da Reserva da Arrábida e entre Almada e Setúbal, há apenas 20 minutos de Lisboa, a bela Sezimbra é medieval e tem até castelo. É linda e aprazível. De preços, por ser praia, é igual a Lisboa. Mas, os brasileiros endinheirados gostam de Cascais e da região do Algarve. São muitas as prais e a juventude do surf é quem dita as regras. Bem mais ao norte me encantou Guimarães. Cercada de montanhas muito me lembrou a nossa Ouro Preto. O casario é lindo e tem até castelo medieval. Briga com Braga pelo título de ser ali donde surgiu Portugal.  Muita história, relíquias estão nos museus ou a céu aberto já que a andar se percebem as riquezas do passado dessa gente lusitana. Está bem próximo de Braga, outro orgulho português e que, assim como Lisboa e Porto, tá virando moda e os preços a subir. São lindas como todas as demais. Pode pesar contra para aqueles que não gostarem de frio já que, quanto mais ao norte, mais intensa a queda da temperatura.

Eu acho que, pra quem nunca experimentou viver em outro país e, se puder, o ideal é um estágio. Viver aqui por três meses com a passagem de volta na mão que pode nem ser usada. O processo de visto para reformados pode independer disso já que você pedirá, já aqui, o título de Residente não Habitual. Significa dizer que você não perderá seu visto português de residencia por se ausentar do país a maior parte do tempo desde que more aqui por, pelo menos, 3 meses ao ano. 

4 comentários:

  1. Bom trabalho Wanderley. Estou a conhecer Portugal sem usar passaporte.

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    1. Obrigado pela gentileza em deixar sua impressão sobre o texto. Mas, conhecer Portugal sem passaporte é dizer estar ilegal aqui? Muitos estão e raros são os casos em que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras se importa.

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  2. Muito boa a descrição. Tens, certamente, o dom da escrita e em transportar cenários vivos para o maravilhoso mundo das letras, da escrita.

    Parabéns.

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