sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Retrato do Amor

Muitos são os indivíduos que vivem toda uma vida sem experimentar o amor. Muitíssimos são os que pensam que a paixão e o desespero pelo outro é amor. Pode-se nunca ter sentido esse desesperado sentimento que é a paixão e ter-se experimentado o amor uma única vez. E quando se experimenta o amor em sua essência jamais se voltará a viver sem ele. A paixão é mesquinha, egoísta e possessiva. O amor é libertador, divisível e generoso. Quanto mais se divide o objeto amado mais se sente amor por ele e por todos e passa-se a amar, muitas vezes, aqueles com quem se estar a dividir. É um “estar preso por vontade”, é um “servir a quem vence o vencedor”. Não é o “meu” amor, mas o amor que sinto. E se amo quero que seja feliz com toda a intensidade. E se não consegue ser feliz ao meu lado, pois que se vá em busca de quem ame. E que saiba amar e não apenas se apaixonar. E eu promoverei a viagem se o puder. E continuarei a amar. O sofrer de amor é “dor que não se sente”. Quem ama, ama a todo mundo. Quem ama, ama a si próprio em primeiro lugar. O amor não se apropria. Quem experimenta o amor logo quer dividir com os demais o objeto amado porque, por amor, se quererá que todos sintam o que se estar a sentir. O amor é banquete farto e alegre de confrades harmónicos e que ao se dividir renasce multiplicado. E como sabiamente disse Saint-Exupéry “as coisas que amo, deixo-as livres. Se se me voltarem é porque as conquistei. Se se me forem é porque se não me pertenciam “. E mais: “Não confundas amor com delírio da posse que provoca os piores sofrimentos”. O ciúme é a insegurança da posse. O amor apenas pede respeito!

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