quarta-feira, 6 de abril de 2016

Odores de humanidade

Depois de sentir um mal odor típico da flatulência e dentro do metrô eu fiquei a me perguntar do porquê sermos tão fedidos. O corpo humano precisava de tantos orifícios? Eu sei é aceito a sabedoria da natureza e não reclamar por reclamar, simplesmente. Faço a minha reflexão com certa análise espiritual-filosófica. E seu que é pura ousadia de minha parte, pois, filósofo não o sou. Mas, a mãe natureza precisava no colocar em corpo tão orgânico? Porque o corpo humano precisa produzir tantos gases? Tem o mal hálito, o suor nas axilas, o chulé,  a cera do ouvido, as secreções das partes íntimas, a saliva, a flatulência, o excremento e até o próprio sangue. Meu Deus!

Inventamos o perfume para disfarçar tanto fedor e mesmo assim, por vezes, nem os mais fortes dão conta do recado. Mesmo aqueles que belos fedem tanto quanto qualquer mendigo que não toma banho, basta que fique um ou dois dias em total relaxamento da assepsia corporal. Devemos ser espitritos, creio. Como podemos, enquanto espíritos, seres energéticos, fedor tanto?

Como pode o nosso interior ser tão podre e não conter-se em si é termos de espécie tantas nojeiras que vão desde um simples flato à uma diarréia? Uma boca cheia de cáries e sem escovação pode bem ser comparada a um ânus. Seria mesmo um privilégio a nossa humanidade fétida e em putrefação?

Quem se habilita às respostas? Eu de cá me ponho, mesmo assim, agradecido ante o sol cálido em minha fronte ou de sentir água corrente e fria em menus pés quando os ponho num caldaloso regaço. Ademais, bem sei, existem muitos bons odores na natureza que podem ir desde uma flor à relva molhada ou seca. Mas, a natureza sequer se faz alguma assepsia como nós humanos somos obrigados diariamente e por diversas vezes.

Mas, vale a minha humanidade ainda que fétida. Mas, se pudesse escolher, pediria vir com cheirinho de alguma flor Silvestre que bem poderia ser a lavanda.

Wanderley Lucena

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