quinta-feira, 28 de junho de 2018

Tradição é Tradição

Ontem à noite fui ver o festival de Santo Amaro. A Paróquia do referido santo fica pertinho daqui de casa e se enfeitou toda e as ruas próximas estão todas cheias de bandeiras coloridas e de longe se ouve, quando à noite, a música portuguesa e o cheiro das sardinhas assadas inunda o ar. A paróquia de Santo Amaro, já lhes contei, é das construções religiosas mais antigas da cidade de Lisboa, e data de 1.549. A construção está revestida de ricos azulejos portugueses coloridos e a arquitetura é em formato circular. Já esteve abandonada por longo período e no momento está aberta ao público embora ainda necessite de cuidados de restauração. As escadarias não são para os fracos. Mas, pode-se chegar até ela sem encarar as escadarias, bastando para tanto que se vá por ruas paralelas em subida bem menos íngreme. Por cerca de 15 dias ocorre o festival que conta com palco para a apresentação de artistas locais ou não. Quem deu as caras por lá foi a moradora recente e ilustre, a Madonna. Mas, ficou dentre todos e não subiu ao palco por questão de juízo. As barracas de comida podem ser só um quiosque que vende churros ao forno de lenha gigante e que está montado num food truck e que faz pães artesanais e cujas filas para comprar não são pequenas. Num desses quiosques que vendia um pão braco e sem graça recheado de um bife ou um pedaço gordo de barriga de porco. Nada de molhos. Apenas o pão e a barriga  assada. De inicio não identifiquei o que era aqueles pedaços de couro quase transparente e que assavam sobre a grelha enquanto o moço jogava sal grosso. Sal grosso é o único tempero e nada mais. De início achei que fossem Lulas. Tive de perguntar pra matar a minha curiosidade do que se tratava a iguaria que era esperada com ansia em longa fila. A multidão se aglomerava ante a imensa grelha a esperar que o seu pão fosse aberto por uma faca tipo peixeira e dentro dele fosse colocado o generoso naco de barriga ainda a esfumaçar e a soltar gordura em abundância. Talvez já comido uma porção de chouriços (linguiças) não me atrevi a pedir o indefectível sanduiche. A cerveja custava 1 Euro e tomei dois copos. No palco uma dupla cantava algum "vira" e peguei a rua estreita que dava na Aliança Operária e fui pra minha casa certo de que a cerveja me ajudaria a pegar no sono rapidamente. Deixei Santo Amaro no seu alto e a prometer-lhe que no domingo participarei da sua romaria que tradição da comunidade do bairro. E tradição é tradição.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Cosmos que Tudo Habita

Boicotamos ao Cosmos Universo Deus que habita para dentro e para fora de nós todas as vezes que mentimo-nos com promessas que fazemos e não cumprimos. Boicotamos o Cosmos todas as vezes que agimos com desleixo em relação aos nossos compromissos quotidianos, corriqueiros e sem importância. Boicotamos o Universo todas as vezes que botamos goela ou pulmão abaixo aquilo que nos intoxica. Boicotamos o Universo todas as vezes que tratamos o nosso próximo de maneira diferente daquela à qual gostaríamos de sermos tratados. Boicotamos ao Cosmos todas as vezes que relaxamos com nossa higiene e aparência pessoal, bem como, com o nosso meio ambiente donde estivermos inseridos. Boicotamos o Deus que nos habita todas as vezes que agimos com preguiça e mal humor em relação à tudo, mesmo que ao bife que amassamos às porradas e que comeremos em seguida e que irá carregado de tudo o que lhe impusemos até chegar à mesa.

Toda a energia que emanamos em relação à nós mesmos, aos demais seres, ao Cosmos ou meio ambiente nos retornará em dobro ou sabe-se lá quantas vezes mais. Daí a importância de nos mantermos vigilantes em relação ao amos com o qual nos tratamos, e ao Cosmos Superior que nos habita à todos e à tudo. Mais respeito, por favor! Cuide-se! Cuide! Cuidado!