sexta-feira, 14 de julho de 2017

Babilônia Lusitana

Foi à pé que sai logo cedo das proximidades do Parque Gulbenkian e sai sem destino certo a explorar um pouco mais a velha cidade moura de Lisboa. Passei pelo El Corte Inglês e comprei um par de óculos que me fez ficar menos feio e, de saída, dei de cara com a exuberância do Marquês de Pombal. Eu já conhecia o parque mas não o havia explorado como se deve. É nas laterais que se escondem recantos mais interessantes e mágicos. Ouvi pássaros a cantar, inclusive, a nossa avuaçã. Mas, um passarinho minúsculo, uma espécie de rouxinol, cantava num assobio melodioso, mágico, verdadeiro feitiço.

Em seguida desci pela Avenida da liberdade e, lá pela metade, encantado com todos os monumentos, quebrei à direita e me fui rumo ao Príncipe Real. O bairro ferve com a gente bonita em ruas estreitas. Passei por baixo de um balcão que cobria uma rua e me vi num mirante que dava para o Castelo de São Jorge. Ali mesmo almocei no Lost In, um restaurante charmoso e cosmopolita. O prato me impressionou. Era alguma coisa vegetariana típica da Indonésia, se não me engano. Uma mistura chique de legumes com arroz selvagem e um ovo frito em cima. Dos deuses!

Continuei a caminhada e me vi no Chiado. Busquei uma imobiliária para alugar um apartamento. Fui informado que o bairro é por demais barulhento e, na minha meia idad, não é recomendável. Vou buscar um calma e num local mais tranquilo. Voltei pra casa de metrô entupido de gente.

Aqui está lotado de brasileiros de todas as demais gentes. Uma verdadeira Babilônia.

Wanderley Lucena

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