sábado, 17 de dezembro de 2016

Céu em Cinza

- Hoje eu não quero botar meu pé fora da cama. Tá um frio danado aqui. Mas, criei coragem e abri a cortina. Um céu cinza foi tudo o que vi.  Cadê o controle remoto da TV? Ai, Jisuis! Eu preciso levantar, passar meu café, tomar meu banho, tirar a inhaca. Melhor se não tivesse ligado a TV. Que programação é essa das manhãs de sábado? Cadê o bom gosto? Cadê a programação pra vida inteligente? Desisto! A água já levanta fervura e um fio logo dela é despejado no filtro que segura o pó. O cheiro inunda o ambiente. Cambaleio para tentar chegar ao banho e tirar a ferrugem da boca numa higiene bucal enquanto a água passa pelo filtro. Melhor desligar a TV. Ninguém merece essa programação! Será que vai chover? Ai! O whisky tomado antes de dormir era da melhor qualidade. Mas, não foram poucas as doses. Ai, Jisuis! Vamos lá? Cadê o pão dormido de centeio? Há! Tá aqui! Cadê a Manteiga? Há! Tá aqui no lugar de sempre. Cadê o adoçante? Uma meia colher muito bem medida. Esse adoçante é aborrecente. Um tico à mais e... lascou! Fica doce que arrepuna. Leite em pó. Cadê? Aqui! Ai que delicia! Delícia! Depois do café com pão de centeio de três dias ou mais, o mormaço lá fora, o frio aqui dentro. Será que saio hoje? Leio um livro? Acho que não. O Saramago não cairá bem nesta hora. É ressaca? Não! Talvez um pouco. Mas, o whisky era de primeira. Deve ser enjoo mesmo. Um banho gelado vai resolver. Pronto! A coragem já volta. Deixa eu me arrumar pra ir almoçar na casa de minha mãe. Sempre tem surpresa. Tomara seja boa. Cadê o espírito de natal? Cadê? Estou aqui. Venha e incorpore! Ai! Ai! Tenho mesmo que ir? Sim. Fui!

Wanderley Lucena


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Livre Expressão




Eu posso não acreditar no mesmo deus que você ou até mesmo não acreditar em deus nenhum. Mas, quero informar e atestar que continuo acreditando no amor, na compaixão, no respeito, na responsabilidade, na cidadania e... em mim mesmo! (Texto livremente  inspirado em Post de Facebook).

Wanderley Lucena

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Mais Amor, por Favor!


Eu pensava que ser lido em minhas ideias era direito inalienável. Eu pensava que numa discussão de ideias, por mais polêmicas que elas fossem, estaria garantida toda a minha integridade, física, moral e intelectual. Mas, confesso... é uma batalha hercúlea e perigosa na qual perdem-se os bons modos e o respeito mútuo. Entretanto, mesmo ante tanto perigo, desejo informar à todos estou me aperfeiçoando no quesito "ouvir mais", mas, penso que jamais me calarei ante qualquer tipo de ameaça ou agressão. Acho muito natural que pensemos bem diferentes, mas, podemos conversar usando a diplomacia inerente à todos os seres humanos que, numa analise rasa, é raça toda irmã! Assim sendo, informo que tenho o maior respeito por suas ideias, mesmo que elas me sejam inconcebíveis!

Wanderley Lucena