sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Pecados como Medalhas

Com satisfação vejo minhas rugas ante o espelho. Percebo-me envelhecendo! Minha barba já está branquiando e minhas cãs igualmente. Levo todas essas manifestações naturais como se marcas de pecados ora cometidos. E é um orgulho poder sentir-me pecador, quiçá, o maior deles. Sim, rebelei-me com ensinamentos mentirosos que me foram ensinados e assumi a mim mesmo como ser capaz de conduzir-me nessa jornada belíssima que é a vida.

Sentir-me pecador é declarar, em alto brado, a minha independência intelectual e a posse completa de mim mesmo. Não preciso que mais ninguém me diga o que é melhor para mim. 

Não nego minha existência condicionada à vontade da natureza e jamais a renegarei por covardia que me leve a ser o que a sociedade hipócrita dita. Jamais me renderei ao discurso tenebroso das religiões que me ameaçam com suas mentiras e me decretam o meu fim no inferno. 

Estou consciente que a morte chegará para todos, inclusive, para mim. Sei que levo até o momento fatídico essa energia que me faz sentir e pensar á qual chamamos espírito. E meu espírito será atraído para a positividade da luz mesmo que insistam em dizer que não. Assim como o meu coração late em meu peito sinto em minha mente a certeza que estou fazendo a coisa certa. E que se dane quem quiser pensar o contrário. Controlar-me jamais alguém conseguirá, a não ser que me venha com argumentos razoáveis, lógicos e sem extremismos ou fanatismos. E, nesse caso, terás apenas me me convencido, mas, continuarei livre, embora, convencido de tua verdade. 

Quem bem quiser viver, peque! Peque muito! Mas, se divirtui de valores éticos, nem traga danos ao seu corpo ou à sociedade. Pecar não significa rebeldia burra e que vai contra sí mesmo ou os outros. Pecar é conviver consigo mesmo e com os demais em plena harmonia. É ousar deixar de crer por crer e experimentar sensações que sempre te disseram ser proibidas.

E aos que insistem em achar que existe o retorno, a reconcialiação eu lhes afirmo, nunca!

Sim levo todos os meus pecados e sem qualquer culpa. Levo como se fossem meldalhas - a compiar Zélia Duncan.

Amém!

Wanderley Lucena

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