terça-feira, 15 de novembro de 2011

CRÔNICAS À QUATRO


Tudo começa porque ela não estava lá, mas eles estavam. Ela, a internet, não compareceu. Mas, eles sim. Estavam dentro de um trem, mas não um trem qualquer. Não um trem de mineiro. E sim, um trem Florenciano. Sem que, nem pra que, quem dirá por que, decidiram construir uma crônica a quatro. Eu, Madalene, adoro que me chamem Madá. Graça e grata por natureza. Gosto de viajar. Neste exato momento não estou muito criativa para escrever, mas contarei o que mais de cômico tem me acontecido: os meus Fiftys... Não compreendo o por que de eles chamarem tanta atenção, mas por onde quer que eu passe nessa viagem me custa alguns fiftys. Fiftys pra cá, fiftys pra lá. Todos sorriem, eu sorrio. Graças a Deus, o meu sorriso não custa caro e eu o compartilho até mesmo com aqueles que me cobram fiftys.


Madá Vertelo

Em Noronha – a ilha paradisíaca – há duas pedras, quase gêmeas, que por agora não me recordo de seus nomes.  Cercadas pela imensidão do mar esverdeado, são por certo muito díspares, moldadas lado a lado pelas mesmas intempéries, mas maravilhosamente desiguais. Bem poderiam ser chamadas amigas, como nós quatro que agora escrevemos. Aqui neste trem rumo a Veneza me chega  uma branda tristeza por deixar a linda Florença, mas uma terna alegria me toma, porque assim como as pedras do Atlântico somos moldados pelas agruras e venturas da vida. Tão belos e íntegros - Bem vinda Veneza!   

Carlos Roberto Vieira

Grata surpresa perceber o talento que têm meus amigos pra escrever tão belamente. Depois de lê-los acima, me sinto acanhado e pouco inspirado. Mas me ponho a pensar nos quatro seres que aqui se encontram. Somos tão diferentes e tão humanamente iguais.  Ante o risco da discórdia há sempre a ponderação madura que nos leva a, mesmo individualizados, necessitarmos do conjunto. Cada um tem a sua característica que lhe é própria e a cada um cabe o cuidado e sensibilidade de reparar o outro e dele cuidar. Cá estamos chegando a Veneza e já se vão quatorze dias de convivência e vivências. A bagagem aumentou não só por causa das bugigangas compradas ao longo da viagem mas também por causa troca de sentimentos. E esta bagagem é leve por vezes... pesada por vezes. Mas sabe o que importa? Viver!

Wanderley Lucena

Eu aqui exausta, quase dormindo, e meus amigos pedem para que eu participe neste escrito a “várias” mãos. Sobre o que falar? Eis a questão. Depois de tantas situações cômicas prefiro falar da última... O recepcionista do nosso hotel em Florença nos pergunta o que significa ”prego” no Brasil e meu irmão rapidamente com toda expressão dramática explica que essa palavra significa o mesmo que ”Jesus crucificado na cruz”. Os três companheiros de viagem espantados caem na gargalhada e essa é mais uma das perolas do meu irmão durante a viagem que iremos lembrar e rir por muito tempo... Assim como a situação do “the bread is old”, mas isso será outra crônica que provavelmente ele mesmo escreverá.


Jeanne Lucena

Um comentário:

  1. Engraçado. Tenho uma vontade tremenda de conhecer a Itália. Ia esse ano, mas infelizmente não deu certo. Ficou para o fim do próximo. Já estou ansiosa. rs. E aí, para lhe dizer que, com todo prazer, terá minha autorização para postar meu texto aqui, como havia me pedido num comentário que só vi agora, me deparo com uma crônica a "várias mãos", como descreveu Jeanne, muito bem escrita e encantadora. Me fez passear pelas ruas de Veneza e Florença. Encantada, sem mais. :)

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