sábado, 2 de julho de 2011

SILÊNCIO




Impera o silêncio incômodo
Você pra lá 
Eu pra cá
Mágoas e decepções
Lembranças ruins que se instalam n'álma
Espíritos armados 
Tudo pronto para a guerra
Levo como arma a língua
Vontade de mudar
De convencer
Quedar-me só
Queda-te só
Silêncio que fala
Que corta
Negro como noite
Impregna corações
Flor murcha se não se rega
Que venha a cura
Se encontrado o amor
Vou buscar-te
Cuidar-te
Serei eu
Serás tu
Silencia, mas não cala
Tempo que se perde
Calo mas não silencio
Fala-me!
Respondo-te
Falo-te!
Responde-me.

Wanderley Lucena


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